Não tranquilo na Córsega, mas sim petilhante!

A legislação européia faz a distinção entre vinhos tranquilos e vinhos petilhantes. Tal diferença origina uma lista diferente de outras legislações aplicáveis a um e a outro tipo de vinho.

Uma dessas compilações legislativas (são realmente muitas, e mudam todo ano!) diz respeito às "apelações geográficas protegidas e/ou controladas".

Isso é para dizer que faz tempo eu soube da existência de um certo Muscat petilhante da Córsega que eu não ia sossegar enquanto não bebesse.

Como a maioria dos produtores de bons vinhos franceses não vendem em supermercados (pois, quando vendem, isso acaba virando caso de polícia e, principalmente, caso de justiça!), era necessário ir até o produtor degustar a maravilha prometida.

O grande dia chegou, e durante este último verão peguei o navio e cabo à Corsica!!! Lugar lindíssimo, de gente acolhedora (somente em relação a algumas nacionalidades, é verdade!), de uma beleza exótica e muito bom gosto e generosidade para comer e beber.

O tal Muscat petilhante é muito, muito bom. Pode, a meu ver, não convir a todo paladar, pelo menos foi o que me disseram.

Compreensível, pois visto a grande quantidade de sol naquela região, a uva é muito concentrada em açúcar e, por consquência, o resultado final é fortemente alcoolisado, quase um licor, mas petilhante. Difícil de explicar. Delicioso.

Enfin, mas mesmo para os que não acham que o Muscat petilhante é a melhor das experiências enológicas, a descoberta da Córsega e suas belezas vale o deslocamento.

Viva a "ilha de belezas"!

Ah é, teve o Napoleão Bonaparte e o Pasquale Paoli também e blá, blá, mas quem se importa?