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Do frango do Maluf e d'outros males
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Do frango do Maluf e d'outros males
Desde a época em que o Maluf e a esposa começaram suas produções de frangos (e foram condenados pela superfaturação delas, depois de compradas pelo dinheiro da prefeitura de São Paulo!), a coisa piorou muito na alimentação da população brasileira.
O que nos revelam os dados publicados pelo Ministério da Saúde brasileiro em 2010 é alarmante : uma grande parte da população brasileira está com excesso de peso, e esse dado cresce à razão de 1,5% ao ano. Isso daí, associado ao fato de que o consumo de frangos aumentou em 300% nos últimos 26 anos, faz pensar…
A obesidade da população não é, evidentemente, culpa só do frango. Mas a má qualidade da carne de frango que se consome no Brasil é culpada de uma série de problemas interassociados, os quais devemos conhecer e combater.
Forçado a amadurecer ao cabo de apenas 38 à 42 dias de vida, à força de injeção de hormônios e ração de origens duvidosas, o frango acaba por nos servir de alimentação ruim pois traz consigo o que de mal foi imposto a pobre ave: gordura e hormônio em excesso.
Passando pelos impactos ambientais da produção de carne e pela poluição da cadeia alimentar através da ração de origem transgênica para animais destinados à consumação humana, o franguinho nosso de cada dia é um caso de saúde pública... e de polícia.
Some-se isso, os problemas outros que vão surgindo com o tempo, tais como a generalização da menarca em meninas de nove anos de idade devido ao consumo dessa carne superhormonizada e a inviabilização da vida no campo por causa da poluição e/ou exaurimento de recursos naturais dessa criação de aves sem limites éticos.
Mesmo sem nenhum engajamento em sociedades vegetarianas ou eco-o-que-quer-que-seja eu também sinto necessidade de tocar a campainha de alarme. A COISA ESTÁ PRETA!
Esses frangos aí, foram um dia apresentados pelo Governo como a solução para a carência de proteínas entre as populações de baixa renda do Brasil. Aliás, ainda há quem defenda esse ponto de vista, não vendo, ou não querendo ver, o problema socio-ambiental que representam.
Naquela época, era preciso alimentar a população, e os frangos de crescimento forçado foram uma solução mais rápida e, principalmente, de menor custo.
Mas de que custo estamos falando?
Hoje, com o recuo dos mais de 20 anos que se passaram, podemos ver melhor que outros desafios se somam a este jogo. Um deles é de que se faz necessàrio colocar a responsabilidade intergeracional nessa discussão. E talvez fosse também o caso de se resgatar a possibilidade de opção de compra, mediante a informação da população e disponibilização concreta de outra forma de criar e comercializar aves.
Sim, porque se ao menos pudéssemos optar pelos chamados frangos de granja, aqueles que saem do puleiro todo dia pra respirar, e que põem ovos com gema naturalmente amarela, sem beta-caroteno sintético acrescentado pelos químicos. Enfim, se esses frangos de quintal ainda existissem e se pudéssemos, assim, optar por comsumi-los, isso já seria um pouco melhor, um avanço.
Mas não, o caminho feito pelos produtores de frango é outro bem diferente do resgate dos frangos de granja: Vemos no centro-oeste do Brasil frangos destinados, ou à produção de ração animal, ou destinados à exportação ao Oriente Médio. Esses todos ai, coitados, além de nunca terem visto a luz do sol, pois são criados em gaiolas, também passarão a vida toda - curta vida - sendo alimentados com grãos transgênicos das fazendas Monsanto.
Ah sim, isso me lembra a questão do custo-carbono dos alimentos. Aqui um exemplo de frango criado no Brasil e destinado ao consumidor em Dubai. Essa será matéria para um outro post.
O que nos revelam os dados publicados pelo Ministério da Saúde brasileiro em 2010 é alarmante : uma grande parte da população brasileira está com excesso de peso, e esse dado cresce à razão de 1,5% ao ano. Isso daí, associado ao fato de que o consumo de frangos aumentou em 300% nos últimos 26 anos, faz pensar…
A obesidade da população não é, evidentemente, culpa só do frango. Mas a má qualidade da carne de frango que se consome no Brasil é culpada de uma série de problemas interassociados, os quais devemos conhecer e combater.
Forçado a amadurecer ao cabo de apenas 38 à 42 dias de vida, à força de injeção de hormônios e ração de origens duvidosas, o frango acaba por nos servir de alimentação ruim pois traz consigo o que de mal foi imposto a pobre ave: gordura e hormônio em excesso.
Passando pelos impactos ambientais da produção de carne e pela poluição da cadeia alimentar através da ração de origem transgênica para animais destinados à consumação humana, o franguinho nosso de cada dia é um caso de saúde pública... e de polícia.
Some-se isso, os problemas outros que vão surgindo com o tempo, tais como a generalização da menarca em meninas de nove anos de idade devido ao consumo dessa carne superhormonizada e a inviabilização da vida no campo por causa da poluição e/ou exaurimento de recursos naturais dessa criação de aves sem limites éticos.
Mesmo sem nenhum engajamento em sociedades vegetarianas ou eco-o-que-quer-que-seja eu também sinto necessidade de tocar a campainha de alarme. A COISA ESTÁ PRETA!
Esses frangos aí, foram um dia apresentados pelo Governo como a solução para a carência de proteínas entre as populações de baixa renda do Brasil. Aliás, ainda há quem defenda esse ponto de vista, não vendo, ou não querendo ver, o problema socio-ambiental que representam.
Naquela época, era preciso alimentar a população, e os frangos de crescimento forçado foram uma solução mais rápida e, principalmente, de menor custo.
Mas de que custo estamos falando?
Hoje, com o recuo dos mais de 20 anos que se passaram, podemos ver melhor que outros desafios se somam a este jogo. Um deles é de que se faz necessàrio colocar a responsabilidade intergeracional nessa discussão. E talvez fosse também o caso de se resgatar a possibilidade de opção de compra, mediante a informação da população e disponibilização concreta de outra forma de criar e comercializar aves.
Sim, porque se ao menos pudéssemos optar pelos chamados frangos de granja, aqueles que saem do puleiro todo dia pra respirar, e que põem ovos com gema naturalmente amarela, sem beta-caroteno sintético acrescentado pelos químicos. Enfim, se esses frangos de quintal ainda existissem e se pudéssemos, assim, optar por comsumi-los, isso já seria um pouco melhor, um avanço.
Mas não, o caminho feito pelos produtores de frango é outro bem diferente do resgate dos frangos de granja: Vemos no centro-oeste do Brasil frangos destinados, ou à produção de ração animal, ou destinados à exportação ao Oriente Médio. Esses todos ai, coitados, além de nunca terem visto a luz do sol, pois são criados em gaiolas, também passarão a vida toda - curta vida - sendo alimentados com grãos transgênicos das fazendas Monsanto.
Ah sim, isso me lembra a questão do custo-carbono dos alimentos. Aqui um exemplo de frango criado no Brasil e destinado ao consumidor em Dubai. Essa será matéria para um outro post.
Sugestão de leituras complementares :
1)http://www.ital.sp.gov.br/bj/artigos/especiais/especial_2009/v11_edesp_16.pdf
2)http://www.svb.org.br/vegetarianismo/index.php?option=com_content&task=view&id=274&Itemid=1
3) O livro negro da agricultura. Le livre noir de l’agriculture, 2011. Isabelle SAPORTA.
4)http://www.aveworld.com.br/aveworld/noticias/post/usda-consumo-de-carne-de-frango-no-br-cresce-300-diz-pesquisa
Última edição por DeniseTeixeiradeOliveira em Qua 5 Jun - 18:20, editado 7 vez(es)
Re: Do frango do Maluf e d'outros males
Fui obrigada a retificar o post acima.
Hoje, conversando com o Dr. Oswaldo Gomes, o mais renomado dos veterinários da cidade de Gravatá - PE, aprendi que o tempo médio de vida dos frangos destinados ao abate para alimentação humana baixou para o entorno de 38-42 dias, e que além dos hormônios que eu falava acima, ainda lhes são injetados uma grande dose de antibióticos que, no fim das contas, acrescentam outro fator prejudicial ao(s) nosso(s) organismo(s) (quero dizer, ao organismo do frango e ao dos consumidores desses frangos).
Na França, aquela idade mínima para o abate ainda se conserva aos 90 dias. E o controle quanto à proibição de hormônios é muito rígido. Por enquanto essas regras são mantidas em nome da proteção dos consumidores, mas a pressão dos produtores é muito grande no sentido de flexibilizar as regras a fim de levar ao mercado frangos com preços mais "competitivos".
Noves fora: a coisa é preta e ainda pode ficar pior!
Vendo a foto abaixo, tirada na França, e a comparando com as do post acima, que foram tiradas respectivamente no Brasil e em Dubai , tudo está dito:
Hoje, conversando com o Dr. Oswaldo Gomes, o mais renomado dos veterinários da cidade de Gravatá - PE, aprendi que o tempo médio de vida dos frangos destinados ao abate para alimentação humana baixou para o entorno de 38-42 dias, e que além dos hormônios que eu falava acima, ainda lhes são injetados uma grande dose de antibióticos que, no fim das contas, acrescentam outro fator prejudicial ao(s) nosso(s) organismo(s) (quero dizer, ao organismo do frango e ao dos consumidores desses frangos).
Na França, aquela idade mínima para o abate ainda se conserva aos 90 dias. E o controle quanto à proibição de hormônios é muito rígido. Por enquanto essas regras são mantidas em nome da proteção dos consumidores, mas a pressão dos produtores é muito grande no sentido de flexibilizar as regras a fim de levar ao mercado frangos com preços mais "competitivos".
Noves fora: a coisa é preta e ainda pode ficar pior!
Vendo a foto abaixo, tirada na França, e a comparando com as do post acima, que foram tiradas respectivamente no Brasil e em Dubai , tudo está dito:
Última edição por DeniseTeixeiradeOliveira em Qua 28 Dez - 7:44, editado 3 vez(es)
Re: Do frango do Maluf e d'outros males
Não é somente a carne de frango que é cheia de produto quimico/sintéticos. A carne de vaca também traz essas porcarias, que acabam passando pra gente qdo a comemos, como é o caso dos antibioticos e hormônios.
Pelo menos no Brasil temos a possibilidade de criação de gado extensiva, e eles podem pastar livremente. IMas isso não ocorre porque os produtores são bonzinhos, mas porque alimentar gado com ração é tão caro que inviabiliziria a criação. Então estamos salvos em parte ao menos da ração transgênica dada às vacas em outros paises.
Pelo menos no Brasil temos a possibilidade de criação de gado extensiva, e eles podem pastar livremente. IMas isso não ocorre porque os produtores são bonzinhos, mas porque alimentar gado com ração é tão caro que inviabiliziria a criação. Então estamos salvos em parte ao menos da ração transgênica dada às vacas em outros paises.
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