Últimos assuntos
Adoçantes: história de mocinhos e vilões
Página 1 de 1
Adoçantes: história de mocinhos e vilões
O Mocinho: Stévia:
Há tempo conhecida, cultivada e consumida no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, muito consumida no Japão há mais de trinta anos, a ‘stévia rebaudiana’ somente teve seu comércio autorizado na França recentemente (2009/2010), sendo este o primeiro país na Europa a autorizar a comercialização deste produto.
Fazia tempo que o consumidor francês conhecia e procurava o adoçante à base de stévia, alguns cultivavam a planta sob serra a fim de utilisá-la em infusão. Mas não se vendia em supermercados nem em farmárcias.
A notar que os franceses de um modo geral não são grandes consumidores de adoçantes. Eles são acostumados ao açúcar de cana ou de beterraba, cuja cultura na Martinica e Guadalupe, e demais Departamentos-de-outros-mares é subvencionada pela França e, por isso mesmo, o consumo de produtos dessas origens é incentivado pelo governo francês.
Dificilmente se verá um adoçante à mesa de um restaurante na França, enquanto que nós brasileiros estamos habituados a vê-lo em todo lugar, até mesmo sendo ‘elevado’ à categoria de suporte de publicidade e propaganda (...o que jà me faz rir à bessa! Como alguém pôde pensar isso? Eu jamais comprarei um tapete em ‘Adroaldo tapetes finos’ porque uma propaganda no adoçante do café me sugeriu isso…:p).
A busca pela stévia e o agave, para citar os mais conhecidos adoçantes ditos « naturais », é crescente no mundo inteiro.
Isso porque existe a idéia associada de que se tratando de um produto natural - diferentemente da maioria dos adoçantes que são de origem sintética -, a stévia não faria mal à saúde.
Por enquanto, somente um mal foi constatado contra esta planta: a diarréia, depois do consumo de grande quantidade de stévia-folha. Ou seja, nada de tão perigoso assim.
O Vilão dessa história:
Essa procura pela stévia como substituto do açúcar continurá crescente, principalmente depois da publicação de muitos estudos científicos que apontam o aspartame, seu principal concorrente "consumeiristico", como fonte de diversos problemas de saúde, ligados ao câncer e ao lupus sistêmico, à disturbios neurologicos em virtude de sua atuação sobre a dopamina, isso sem contar o conhecido induzimento ao erro de diagnóstico de esclerose em placas em pacientes habituados às bebidas ditas ‘light’.
Estudo financiados por fundos independentes apontam o aspartame como fator de risco também de parto prematuro e de agravante do mal de Alzheimer.
Nesse mar de informações, existe quem fale em «doença do aspartame», nome dado ao conjunto de sintomas tais que dores de cabeça e nas articulações, câibras, acúfenos, crises depressivas ou de angústia etc. Efetivamente aspartame é sinônimo de perigo.
O temor do aspartame ficou popularisado também depois do conhecido caso em que a empresa Coca-cola alterou a fórmula da Coca zero em meados de 2007, diminuindo consideravelmente (não substituindo totalmente) o aspartame contido na sua composição. Antes e depois dela, muitos fabricantes de produtos alimentícios que continham aspartame, modificaram suas receitas também.
Mas apesar de tudo que se diz (e se prova) contra o aspartame, ele continua sendo dos adoçantes mais utilisados na indústria alimentícia e farmacêutica; ele pode ser encontrado em mais de 6 mil alimentos e 600 medicamentos mundo afora.
A stévia, então, aparece nesse cenário do vilão-aspartame como uma opção natural que, portanto, apresenta poucos ou nenhum risco para a saúde (até agora, nada foi cientificamente provado contra a stévia).
A moral dessa história:
O preocupante atualmente é que o aumento de preço da stévia - devido ao aumento da demanda, principalmente em países onde antes ela não tinha seu comércio autorisado, como a França -, acabou por levar à mudança da fórmula originária do adoçante feito de stévia.
Antigamente era possível comprar nos supermercados adoçantes ditos 100% stévia, que em verdade continham cerca 7% do total do peso do produto em stévia, e o restante em veículo para sua diluição (veículo de origem vegetal tido como não prejudicial à saúde, como, por exemplo, o maltedextrina).
Hoje em dia se procura stévia num supermercado brasileiro e não se encontra! O que se tem como opção é stévia misturada com outros tipos de edulcorante artificial, como é o caso da sacarina e do ciclamato.
Para comprar o adoçante feito de stévia com a antiga fórmula é necessário ir em farmácias ou lojas especialisadas em produtos naturais.
E por causa disso o preço, óbvio, aumentou muito.
Lembro que a stévia nunca foi dos adoçantes mais baratos, o que se justificava no fato de não haver muitos fabricantes, e também porque ela é pouco apreciada por causa de seu gosto de reglisa.
Como vivi no período da transição em que a stévia passou a ser comercialisada na França, sou testemunha de que pagamos hoje pela stévia no Brasil mais caro que o equivalente em euros.
E o pior de tudo nessa estória, pagamos caro por um produto de qualidade inferior, pois temos nos supermercados produtos somente "à base" de stévia e não "100% stévia" (qualquer semelhança com o que se passa com outros produtos que as indústrias estrangeiras nos vendem no Brasil, não é mera coincidência… o motor dos carros de passeio não me deixam mentir. O sentimento de impotência diante desses fatos é revoltante!).
Outra grande perda decorrente dessa baixa de qualidade da stévia vendida no Brasil hoje é a impossibilidade de utilisá-la em pratos quentes.
É que a stévia é dos poucos adoçantes que se apresentam estáveis quando submetidos a altas temperaturas. O aspartame, por exemplo, a partir de 80°C libera substâncias tóxicas, tais como o formaldeído, e pode matar um.
Ora, se queremos substituir o açúcar em uma receita que vai ao forno por exemplo, não obteremos mais o mesmo resultado ao utilisarmos essa stévia que se vende hoje nos supermercados brasileiros, pois ela foi «diluída» com outros adoçantes como o aspartame, a sacarina e o ciclamato, e estes não suportam temperaturas elevadas, ou porque perdem sua capacidade de adoçar ou porque liberam substâncias tóxicas quando quentes.
O mais grave nisso tudo é que as pessoas continuam a consumir a stévia pensando que estão consumindo algo natural que não faz mal pra saúde, justamente porque não se deram conta que a composição mudou e se misturou à stévia outros tipo de adoçantes que, eles, não suportam o cozimento à alta temperatura e fazem mal à saude.
O perigo é evidente se pensarmos na stévia 'pura' utilisada no cozimento de pratos destinados à dieta com baixas calorias.
Quando se acrescenta outros tipos de adoçante à stévia, esse resultado não será necessariamente alcançado. É o caso de adoçantes à base de frutose, como o da marca Sucaflore, cuja caloria é quase equivalente à do açucar de cana. Quem depender dele para perder peso, não vai ter nenhuma eficácia no regime.
O mesmo acontece nas dietas destinadas às pessoas diabéticas. Aquela mistura de vários adoçantes pode colocar tudo a perder, pode até lhes matar.
E nos dois casos – dieta para emagrecer ou dieta para diabéticos-, a escolha do bom adoçante é fundamental para a eficácia do resultado almejado com a dieta.
Por tudo isso, a informação do consumidor de adoçantes é, além de um elemento para fazer uma escolha individual correta sobre qual deles consumir, é também uma questão de interesse e saúde públicos.
Há tempo conhecida, cultivada e consumida no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, muito consumida no Japão há mais de trinta anos, a ‘stévia rebaudiana’ somente teve seu comércio autorizado na França recentemente (2009/2010), sendo este o primeiro país na Europa a autorizar a comercialização deste produto.
Fazia tempo que o consumidor francês conhecia e procurava o adoçante à base de stévia, alguns cultivavam a planta sob serra a fim de utilisá-la em infusão. Mas não se vendia em supermercados nem em farmárcias.
A notar que os franceses de um modo geral não são grandes consumidores de adoçantes. Eles são acostumados ao açúcar de cana ou de beterraba, cuja cultura na Martinica e Guadalupe, e demais Departamentos-de-outros-mares é subvencionada pela França e, por isso mesmo, o consumo de produtos dessas origens é incentivado pelo governo francês.
Dificilmente se verá um adoçante à mesa de um restaurante na França, enquanto que nós brasileiros estamos habituados a vê-lo em todo lugar, até mesmo sendo ‘elevado’ à categoria de suporte de publicidade e propaganda (...o que jà me faz rir à bessa! Como alguém pôde pensar isso? Eu jamais comprarei um tapete em ‘Adroaldo tapetes finos’ porque uma propaganda no adoçante do café me sugeriu isso…:p).
A busca pela stévia e o agave, para citar os mais conhecidos adoçantes ditos « naturais », é crescente no mundo inteiro.
Isso porque existe a idéia associada de que se tratando de um produto natural - diferentemente da maioria dos adoçantes que são de origem sintética -, a stévia não faria mal à saúde.
Por enquanto, somente um mal foi constatado contra esta planta: a diarréia, depois do consumo de grande quantidade de stévia-folha. Ou seja, nada de tão perigoso assim.
O Vilão dessa história:
Essa procura pela stévia como substituto do açúcar continurá crescente, principalmente depois da publicação de muitos estudos científicos que apontam o aspartame, seu principal concorrente "consumeiristico", como fonte de diversos problemas de saúde, ligados ao câncer e ao lupus sistêmico, à disturbios neurologicos em virtude de sua atuação sobre a dopamina, isso sem contar o conhecido induzimento ao erro de diagnóstico de esclerose em placas em pacientes habituados às bebidas ditas ‘light’.
Estudo financiados por fundos independentes apontam o aspartame como fator de risco também de parto prematuro e de agravante do mal de Alzheimer.
Nesse mar de informações, existe quem fale em «doença do aspartame», nome dado ao conjunto de sintomas tais que dores de cabeça e nas articulações, câibras, acúfenos, crises depressivas ou de angústia etc. Efetivamente aspartame é sinônimo de perigo.
O temor do aspartame ficou popularisado também depois do conhecido caso em que a empresa Coca-cola alterou a fórmula da Coca zero em meados de 2007, diminuindo consideravelmente (não substituindo totalmente) o aspartame contido na sua composição. Antes e depois dela, muitos fabricantes de produtos alimentícios que continham aspartame, modificaram suas receitas também.
Mas apesar de tudo que se diz (e se prova) contra o aspartame, ele continua sendo dos adoçantes mais utilisados na indústria alimentícia e farmacêutica; ele pode ser encontrado em mais de 6 mil alimentos e 600 medicamentos mundo afora.
A stévia, então, aparece nesse cenário do vilão-aspartame como uma opção natural que, portanto, apresenta poucos ou nenhum risco para a saúde (até agora, nada foi cientificamente provado contra a stévia).
A moral dessa história:
O preocupante atualmente é que o aumento de preço da stévia - devido ao aumento da demanda, principalmente em países onde antes ela não tinha seu comércio autorisado, como a França -, acabou por levar à mudança da fórmula originária do adoçante feito de stévia.
Antigamente era possível comprar nos supermercados adoçantes ditos 100% stévia, que em verdade continham cerca 7% do total do peso do produto em stévia, e o restante em veículo para sua diluição (veículo de origem vegetal tido como não prejudicial à saúde, como, por exemplo, o maltedextrina).
Hoje em dia se procura stévia num supermercado brasileiro e não se encontra! O que se tem como opção é stévia misturada com outros tipos de edulcorante artificial, como é o caso da sacarina e do ciclamato.
Para comprar o adoçante feito de stévia com a antiga fórmula é necessário ir em farmácias ou lojas especialisadas em produtos naturais.
E por causa disso o preço, óbvio, aumentou muito.
Lembro que a stévia nunca foi dos adoçantes mais baratos, o que se justificava no fato de não haver muitos fabricantes, e também porque ela é pouco apreciada por causa de seu gosto de reglisa.
Como vivi no período da transição em que a stévia passou a ser comercialisada na França, sou testemunha de que pagamos hoje pela stévia no Brasil mais caro que o equivalente em euros.
E o pior de tudo nessa estória, pagamos caro por um produto de qualidade inferior, pois temos nos supermercados produtos somente "à base" de stévia e não "100% stévia" (qualquer semelhança com o que se passa com outros produtos que as indústrias estrangeiras nos vendem no Brasil, não é mera coincidência… o motor dos carros de passeio não me deixam mentir. O sentimento de impotência diante desses fatos é revoltante!).
Outra grande perda decorrente dessa baixa de qualidade da stévia vendida no Brasil hoje é a impossibilidade de utilisá-la em pratos quentes.
É que a stévia é dos poucos adoçantes que se apresentam estáveis quando submetidos a altas temperaturas. O aspartame, por exemplo, a partir de 80°C libera substâncias tóxicas, tais como o formaldeído, e pode matar um.
Ora, se queremos substituir o açúcar em uma receita que vai ao forno por exemplo, não obteremos mais o mesmo resultado ao utilisarmos essa stévia que se vende hoje nos supermercados brasileiros, pois ela foi «diluída» com outros adoçantes como o aspartame, a sacarina e o ciclamato, e estes não suportam temperaturas elevadas, ou porque perdem sua capacidade de adoçar ou porque liberam substâncias tóxicas quando quentes.
O mais grave nisso tudo é que as pessoas continuam a consumir a stévia pensando que estão consumindo algo natural que não faz mal pra saúde, justamente porque não se deram conta que a composição mudou e se misturou à stévia outros tipo de adoçantes que, eles, não suportam o cozimento à alta temperatura e fazem mal à saude.
O perigo é evidente se pensarmos na stévia 'pura' utilisada no cozimento de pratos destinados à dieta com baixas calorias.
Quando se acrescenta outros tipos de adoçante à stévia, esse resultado não será necessariamente alcançado. É o caso de adoçantes à base de frutose, como o da marca Sucaflore, cuja caloria é quase equivalente à do açucar de cana. Quem depender dele para perder peso, não vai ter nenhuma eficácia no regime.
O mesmo acontece nas dietas destinadas às pessoas diabéticas. Aquela mistura de vários adoçantes pode colocar tudo a perder, pode até lhes matar.
E nos dois casos – dieta para emagrecer ou dieta para diabéticos-, a escolha do bom adoçante é fundamental para a eficácia do resultado almejado com a dieta.
Por tudo isso, a informação do consumidor de adoçantes é, além de um elemento para fazer uma escolha individual correta sobre qual deles consumir, é também uma questão de interesse e saúde públicos.
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Dom 1 Mar - 1:20 por Convidado
» O desaparecimento da Bala SOFT
Qui 19 Fev - 0:26 por DeniseTeixeiradeOliveira
» Café com leite = Arte em 3D
Dom 4 maio - 7:38 por DeniseTeixeiradeOliveira
» Intemporal Café Parisiense
Dom 4 maio - 7:09 por DeniseTeixeiradeOliveira
» Bela Helena: pra rir ou pra comer
Qui 30 maio - 4:40 por DeniseTeixeiradeOliveira
» A rainha Batata
Ter 28 maio - 0:12 por DeniseTeixeiradeOliveira
» ⇔ Ω6 Ω3 ⇒ câncer ∧ gordura ¬ → ∞
Ter 28 maio - 0:04 por DeniseTeixeiradeOliveira
» Excesso de sal leva a doença auto-imune
Qua 3 Abr - 21:18 por Convidado
» Outback's blooming onion: I got you!
Seg 11 Mar - 10:14 por DeniseTeixeiradeOliveira